out. 01, 2013
Estudo diz que é melhor ter boas "armas de pôquer" do que uma boa cara de pôquer
By RTR Dennis
F ou anos, os jogadores de pôquer ao vivo se esforçaram para desenvolver a cara de pôquer perfeita e evitar falar sobre suas mãos. Mas de acordo com um estudo recente publicado na edição de setembro da Psychological Science, os jogadores deveriam se concentrar no desenvolvimento de seus 'braços do pôquer'.
Michael Slepian, que é estudante de graduação na Tufts University em Medford, Massachusetts, é o autor do estudo. E ele diz que os estudantes universitários se saíram muito bem em identificar a força das mãos dos jogadores da WSOP ao assistir a clipes de dois segundos de seus braços e mãos. Pelo contrário, eles não foram capazes de captar muitos sinais ao assistir a clipes do rosto e da parte superior do corpo dos jogadores de pôquer.
Slepian acredita que sua pesquisa mostra que jogadores experientes não dão muitas informações com seus rostos. "Mas os movimentos dos braços dos jogadores profissionais de pôquer permitiram que observadores não treinados decodificassem a qualidade das mãos de pôquer", diz ele.
Entrando em detalhes sobre os braços de pôquer perfeitos, os observadores notaram que jogadores com boas mãos empurravam suas fichas com um movimento fluido e suave. Aqueles que estavam blefando, por outro lado, tinham um movimento de braço mais estranho.
O estudo pediu a 78 estudantes universitários que assistissem a 20 videoclipes de jogadores famosos da WSOP fazendo apostas. Os clipes mostravam a cabeça e a parte superior do corpo ou apenas os braços e as mãos. A partir daqui, os jogadores foram obrigados a classificar as mãos de pôquer em uma escala de 1-7, com 1 sendo muito ruim e 7 sendo muito bom. Essas classificações foram então comparadas com a probabilidade de os jogadores ganharem do ponto de vista estatístico.
A pesquisa de Slepian apóia um estudo anterior feito pelo psicólogo da University College London James Kilner, que examinou como os movimentos das pessoas revelam pistas sobre seus pensamentos. Kilner foi coautor de um estudo de 2012 que pediu a voluntários para responder a uma tarefa de laboratório movendo uma bola de gude para um dos dois buracos. Aqueles que estavam mais confiantes em sua resposta moveram a bola de gude para um buraco muito mais rápido.
Os estudos de Kilner e Slepian mostram que pode haver alguma correlação entre os movimentos do braço e o que o jogador está pensando. Portanto, da próxima vez que você estiver sentado à mesa, deve observar os braços dos oponentes e ver se consegue captar alguma pista.